Hoje quero dividir com vocês algo que aconteceu quando a minha filha, a Agnes, estava nos seus quase seis meses de vida. Vivemos em um mundo caído. A cada dia tudo está mais bagunçado. Valores, princípios, ordens de Deus? As pessoas dizem que isso é bobeira. Olhando em volta e pensando no desejo que eu tenho de ver de um dia minha filha amar a Deus de todo coração, aconteceu que eu comecei a me sentir desanimada e desacreditada. Desacreditada que um dia minha filha poderia escolher servir a Cristo. Isso porque vivemos em um mundo mau, o pecado habita em cada um de nós e a pressão desse mundo parece sufocar.
Eu já tinha esse livro há algum tempo, mas ainda não tinha me animado de ler. Confesso para vocês que também estava passando por dias vazios da Palavra e eu estava mais para religiosa, do que alguém que verdadeiramente ama a Cristo. E de repente, podem chamar de Espírito Santo, comecei a ler esse livro.
Primeiro que ele transborda Evangelho. A mensagem magnífica da cruz de Cristo. Como eu precisava ser lembrada novamente a obra maravilhosa que Jesus fez naquela cruz e aquilo que Ele um dia comprou pra mim! O Evangelho nos relembra quem afinal nós somos: pecadores redimidos aguardando o dia glorioso que estaremos com o nosso Mestre. Segundo que ele mostra que o que recebemos na cruz, foi de graça. É graça. Não havia nada que pudéssemos fazer para mudar nossa condição debaixo do pecado, mas Cristo fez tudo e isso é graça.
Mas você deve estar se perguntando: “esse é ou não um livro sobre criação de filhos?” SIM! Ele é. Mas como diz as autoras, “quando estamos tranquilamente descansando na graça, temos graça para dar aos nossos filhos também”(p. 77). O Evangelho é em primeiro lugar para nós pais.
Assim, de uma forma sábia, as autoras mãe e filha, destacam que a melhor forma de ensinar o Evangelho é apontando para graça. Como pais, na tentativa de levar os nossos filhos até Deus e sem saber como fazer isso direito, corremos constantemente o risco de leva-los para o caminho contrário. E o contrário da graça é a lei. Se você é pai ou mãe, você já fez isso. Como? Você olhou no fundo dos olhos do seu pequeno arteirinho que acabou de te desobedecer e disse: “Não faça mais isso! Isso deixa Deus triste, não o agrada, e você não quer fazer coisas que não agradam a Deus não é?!” Acabamos levando a lei e criamos na mentalidade das nossas crianças uma ideia distorcida e errônea do Senhor.
Dessa forma, o Evangelho e a graça são direção para nós e para os nossos filhos. Instrução, ensino, disciplina, repreensão, oração… nada fará sentido se não fizermos com os óculos da graça.
Quando terminei de ler esse livro, senti como se um grande peso tivesse sido retirado dos meus ombros. Não era o peso da responsabilidade de criar a Agnes, mas o peso de ter que ser perfeita. Nesse mundo imperfeito, eu não preciso ser perfeita para que minha filha ame ao Senhor. Eu preciso da graça do meu Pai amoroso.
“Então aqui está um pouco de graça evangélica para você: como pais, a nossa única esperança para a salvação de nossos filhos está na rica misericórdia de um Deus compassivo e na obra expiatória de nosso representante perfeito, Jesus Cristo. Assim, quando nós, de forma consistente e sem qualquer vergonha, lançamo-nos na misericórdia de Deus, ajudamos nossos filhos a colocarem sua esperança nele também”. (p.113)
Esse é um daqueles livros de cabeceira. Vale a pena ler e reler várias vezes. Afinal, se você realmente se preocupa em transmitir a próxima geração a fé cristã e a mensagem do Evangelho, uma hora você vai se perguntar como fazer isso e a resposta não será outra, se não Cristo Jesus e a sua graça irresistível.
Que o Senhor a abençoe e derrame da Sua graça em sua vida!
Com amor, Mari
Dados do livro:
Título: Pais fracos, Deus forte
Autoras: Elise Fitzpatrick e Jessica Thompson
Editora: Fiel
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